De repente você se sente cercada por todos os
lados e não há nada nem ninguém que possa lhe ajudar. Você ora, mas assuas
orações se resumem em lágrimas e você se pergunta se Deus chega a ouvi-las.
Você busca um conselho, mas parece que não existe uma luz no fim do túnel. ‘Por
quê? O que eu fiz para merecer isto? Como é que eu posso viver assim?’ Confie
em Deus. Não é essa a coisa mais difícil de fazer quando tudo parece desabar
sobre a nossa cabeça? Tão fácil de ensinar, mas tão difícil de praticar...
Contudo, essa é a única opção correta quando os dias, meses e anos de escuridão
parecem não ter fim. A impressão que temos é de que os problemas se uniram para
nos atacar e, gradativamente, nos tornamos mais vulneráveis. Mesmo assim,
pensamos que ainda podemos fazer algo para consertar a situação—parece que
nunca aprendemos a lição. Quantas vezes tentamos resolver nossos problemas com
nossas próprias forças? E quantas vezes foram bem sucedidas? Por mais que não
queiramos admitir, nós não temos todas as respostas e precisamos, sim, da ajuda
do alto. O seu pastor ou a sua melhor amiga não podem lhe ajudar—entenda isso.
A ajuda de que você precisa só pode vir do alto. Isso foi o que Ana reconheceu
após ter passado tantos anos sentindo pena de si mesma por não ter filhos. Ela
tinha o amor de seu marido, mas, ainda assim, se sentia envergonhada. Ela nem
conseguia comer. Quanto mais tempo passava, mais ela se sentia envergonhada.
Até que um dia ela decidiu ir ao Próprio Deus. Todos os anos, ela oferecia a
Deus a porção dobrada que o seu esposo costumava lhe dar para o sacrifício,
mas, dessa vez, ela resolveu oferecer algo de si mesma, algo que lhe pertencia.
Ela se desmanchou em lágrimas e suas palavras saíram como gemidos de dor, mas,
ainda assim ela encontrou forças para fazer o voto que mudaria a sua vida. Ana
sacrificou o que mais desejava na vida: o direito de ser mãe. A confiança de
Ana é o tipo de sentimento que você precisa cultivar em seu coração. É inútil
ter muita fé e não possuir o elemento que sustenta essa fé: a confiança.
Trecho do livro melhor do que comprar sapatos;
de Cristiane Cardoso
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